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A saída é fazer bem-feito

  • Foto do escritor: Ricardo Schrappe
    Ricardo Schrappe
  • 26 de abr. de 2020
  • 3 min de leitura

Quem é de propaganda tem uma história recorrente para contar. Ela trata do anunciante que, num período de vacas magras, decide cortar os gastos supérfluos. Por onde começar? Ele olha para a linha de produção e entende que não deve cortar nada por ali, afinal, é a produção. Quem, além da produção, gera o produto que ele vende? Ninguém. Ele então se volta para o RH e uma lembrança de um esboço de um sorriso quase aparece no canto de sua boca. Num piscar de olhos, no entanto, ele se lembra das multas da CLT, dos possíveis processos e tal e... melhor não. Nada de cortar pessoal. O negócio é buscar outro alvo para sua tesoura. Ele então consulta o estoque e pede ao Compras que reduza a velocidade das aquisições. Não é o suficiente. Ele precisa cortar mais. Eis que, então, nosso protagonista finalmente olha para o Marketing e ali encontra a galinha dos ovos de ouro. Sem pestanejar, aplica-lhe um golpe certeiro no pescoço, cortando-lhe toda e qualquer verba. Feito isso, sente-se bem, um herói que acaba de salvar a companhia.



A história, claro, é uma grande ficção. O Marketing, na maioria dos casos, é sempre a primeira vítima. Parece ser o dinheiro mais fácil de poupar. Mas a história não é bem assim e o problema mesmo só irá aparecer um tempo depois, quando talvez já seja tarde demais para se arrepender.


Para evitar que isso aconteça com você (ou para evitar que a sua empresa mate a galinha dos ovos de ouro), seguem algumas dicas para colocar em prática o quanto antes. Elas valem tanto para anos esquisitos, como os que temos vivido, como para anos generosos, como esperamos que sejam os próximos, apesar das coisas surreais que correm soltas Planalto afora. Enfim, aí vão elas:

  1. Tenha uma agência boa. Se for possível, tenha uma agência ótima. Ou uma consultoria criativa inteligente, proativa, competente, que não aceite tudo o que você fala e que traga resultados. Uma agência ou consultoria mais ou menos não serve. Não se iluda pelo preço. Uma agência ou consultoria boa custa mais caro no começo, mas vira uma pechincha no fim das contas. Uma agência ou consultoria mais ou menos funciona exatamente ao contrário.

  2. Trate sua agência como uma importante parceira de negócios, não como uma fornecedora de anúncios. Ouça o que ela tem a dizer. Esteja aberto a questionamentos, mesmo àqueles que parecem afrontar toda uma tradição do mercado em que o seu negócio está inserido. Se você contratou uma agência boa, faça valer o seu investimento usando e abusando da inteligência criativa que ela tem para oferecer.

  3. Faça diferente. E isso vale tanto para o seu produto como para a sua comunicação. Busque agregar diferenciais pertinentes ao seu empreendimento, que podem ser ligados tanto a estilo de vida, sustentabilidade, modernidade, praticidade etc. Na comunicação, ter um posicionamento forte, com uma mensagem clara, é fundamental. Arrisque mais. Lembre que ninguém chegou a um lugar novo seguindo sempre o mesmo caminho. Abra um novo.

  4. Invista em qualidade de produção. De nada adianta ter um milhão de reais para investir em mídia se a peça que você veicula é fraca. Ideias fracas dividem. Ideias boas, bem produzidas, multiplicam. Ainda mais hoje, em tempos de mídias sociais.

  5. Por último, mas não menos importante: entenda os pontos de contato da sua marca com o seu público. E trate bem todos eles. Ter um filme ou um catálogo lindo e deixar as mídias sociais para a filha que está em dúvida se faz Zootecnia ou Publicidade não é uma saída inteligente. A Comunicação é uma ferramenta que traz resultados fantásticos quando é bem-feita. Se você não está tendo resultados assim, esta é uma boa hora de rever os seus processos. Schrappe - 2014

 
 
 

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